O SOL, o token nativo da Solana, teve uma semana agitada, atingindo brevemente a marca de US$ 205. Esse aumento de 18% em menos de dois dias gerou muitas especulações entre os traders. Agora, a expectativa é se o SOL conseguirá continuar subindo e alcançar US$ 250 em um futuro próximo. Para entender essa movimentação, é importante avaliar a saúde da rede e a atividade nos mercados de derivativos.
Embora o SOL não tenha conseguido se manter acima do psicológico US$ 200, ele ainda se destacou em relação ao desempenho do mercado de criptomoedas como um todo. Com a última alta, sua capitalização de mercado chegou a US$ 107 bilhões, mas ainda está um pouco abaixo da BNB, que está em US$ 117 bilhões. Para saber se estamos realmente vendo um “flippening” — quando um ativo supera outro em valor de mercado — é preciso observar os fundamentos e os indicadores dos derivativos.
Nos últimos 30 dias, as transações na rede Solana aumentaram em 48%, um sinal positivo de que a atividade na blockchain está acelerando. Isso pode apoiar a visão otimista sobre o preço do SOL. Por outro lado, as transações na BNB Chain tiveram uma queda de 41% no mesmo período, de acordo com dados. Além disso, as taxas da rede Solana subiram 43%, indicando que o aumento no uso está trazendo benefícios econômicos para quem possui o token.
Futuros de SOL mostram apetite moderado dos touros
Para entender o ânimo dos traders, precisamos olhar para os contratos futuros do SOL. Esses contratos são uma boa medida de como o sentimento do mercado está mudando. Se a taxa de financiamento estiver muito alta, geralmente indica um forte otimismo.
Atualmente, a taxa de financiamento anualizada dos futuros perpétuos do SOL é de 12%, na linha entre um cenário otimista e um mais cauteloso. Os traders parecem estar mantendo os pés no chão; isso porque, na última vez que o SOL passou de US$ 200, em julho, ele não conseguiu se sustentar e voltou a cair após menos de um dia. Também é interessante notar que os volumes nas exchanges descentralizadas (DEXs) da Solana estão em queda.
Na verdade, a atividade nas DEXs caiu pela terceira semana consecutiva, totalizando US$ 20,6 bilhões em volume. Nos últimos 30 dias, o volume chegou a US$ 113,7 bilhões, um pouquinho abaixo dos US$ 116,2 bilhões da Ethereum. Esse cenário não é exatamente animador para quem está segurando o SOL.
Vale mencionar que o ETF de staking de Solana, o REX-Osprey, lançado em julho, já acumulou US$ 161 milhões em ativos. Comparando, os ETFs de Ethereum tiveram um ingresso líquido de incríveis US$ 2,33 bilhões desde agosto, mesmo sem a autorização da SEC para funcionalidades de staking.
Embora não haja nada que impeça o SOL de alcançar os US$ 250, a situação atual mostra que não há um catalisador claro ou uma onda de entusiasmo entre os traders. A boa notícia é que a falta de alavancagem exagerada pode resultar em um rali mais saudável no futuro, especialmente se a participação de investidores de varejo e os influxos institucionais aumentarem. Isso ainda dependerá da aprovação da SEC para um ETF regular de Solana.
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